Celebração cultural e solidariedade: Alunos do ITESP comemoram Independência do Haiti com comunidade haitiana

Imagem: Arquivo pessoal Gardy Denis

Na última semana, a Paróquia da Missão Paz, no bairro do Glicério, foi espaço de uma celebração que uniu cultura, história e solidariedade. Max Renaud Saint Louis e Gardy Denis, alunos do Instituto São Paulo de Estudos Superiores (ITESP), organizaram um evento especial em homenagem aos 221 anos da independência do Haiti. A comemoração reuniu cerca de 250 haitianos residentes na região e teve como destaque a distribuição de sopa Joumou, um prato tradicional que é símbolo da resistência e da liberdade do povo haitiano, reconhecido como patrimônio cultural imaterial da humanidade pela UNESCO.

Com o apoio da Missão Paz, instituição reconhecida pelo trabalho com migrantes, os organizadores conseguiram criar um espaço de acolhimento e celebração para a comunidade haitiana, fortalecendo laços culturais e promovendo um momento de alegria em meio às dificuldades enfrentadas pelos migrantes.

Desde o terremoto que devastou o Haiti em 2010, o Brasil tem sido um dos destinos procurados pelos haitianos em busca de melhores condições de vida. Segundo dados recentes, mais de 150 mil haitianos migraram para o país nos últimos anos, encontrando no Brasil uma oportunidade de reconstrução. No entanto, muitos enfrentam desafios como dificuldades de integração, acesso precário ao trabalho formal e condições de habitação muitas vezes inadequadas.

No bairro do Glicério, em São Paulo, a comunidade haitiana encontrou um ponto de apoio. A Missão Paz, junto com organizações parceiras, tem desempenhado um papel fundamental no acolhimento, oferecendo assistência jurídica, orientação para o trabalho e integração cultural. Max Renaud e Gardy Denis, ambos haitianos e alunos de teologia no ITESP, são exemplos de como a educação pode ser uma ferramenta de transformação para migrantes.

A celebração foi um momento de partilha e esperança, mas também uma oportunidade para refletir sobre os desafios que ainda persistem. Para a comunidade haitiana, iniciativas como essa são fundamentais para criar redes de apoio e promover a dignidade.

O gesto de Max Renaud e Gardy Denis mostra que, quando cultura e solidariedade se unem, é possível construir um caminho de integração e valorização das diferenças. No coração do Glicério, uma lição importante foi reafirmada: celebrar a liberdade é um ato que continua a ressoar, unindo histórias, lutas e esperanças.

Por: Arison Lopes, Comunicação ITESP.

Imagem: Arquivo pessoal Gardy Denis.

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