Centro de Integração do Migrante: acolhendo e fortalecendo vidas no Coração de São Paulo

Imagem: Arquivo pessoal João Lucas

São Paulo – No coração do bairro do Brás, em São Paulo, o Centro de Integração do Migrante (CIM) se destaca como um farol de acolhimento, encontro e partilha para migrantes que buscam refúgio, apoio e um novo começo em um país estrangeiro. Iniciado pelas Irmãs Missionárias Servas do Espírito Santo da Província Brasil Norte, o projeto nasceu da necessidade de criar um espaço onde migrantes de diversas culturas, religiões e origens pudessem encontrar suporte, respeito e convivência mútua.

Desde sua inauguração em 12 de dezembro de 2015, o CIM tem sido um porto seguro para aqueles que chegam à cidade de São Paulo, muitas vezes em situações de vulnerabilidade. O centro oferece uma variedade de serviços, incluindo aulas de português, música, informática, e orientação sobre documentações, atendendo às necessidades imediatas dos migrantes e ajudando-os a se integrar à sociedade local. Mas mais do que um espaço de serviços, o CIM é um lugar de encontro, onde a diversidade cultural é celebrada e a fraternidade cristã é vivida em sua plenitude.

João Lucas do Carmo (CSSp), aluno do 2º ano de teologia do Instituto São Paulo de Estudos Superiores (ITESP), atua como voluntário no CIM junto com seu colega Juan Contretas (SVD), que está no 3º ano de teologia. Ele descreve a experiência como uma oportunidade única de vivenciar o evangelho de Jesus Cristo de forma concreta e profunda. “O trabalho pastoral no Centro de Integração do Migrante tem sido uma verdadeira oportunidade de vivência do evangelho de Jesus Cristo em seu sentido mais profundo e concreto”, compartilha João Lucas. “Atuamos em diversas frentes de apoio à comunidade migrante, oferecendo educação social para crianças, aulas de português, música, informática, marketing, e orientação sobre documentações, entre outros serviços. Contudo, o que mais se destaca é a vivência comunitária. É nesse ambiente de partilha que todos nós, de diferentes culturas e origens, nos enriquecemos como seres humanos, respondendo ao chamado do Papa Francisco: ‘devemos aprender a partilhar para crescer juntos, sem deixar ninguém de fora.'”

A colaboração no CIM vai além das fronteiras congregacionais. Irmãs do Preciosíssimo Sangue, Verbitas, Espiritanos e outros voluntários unem-se às Servas do Espírito Santo para criar um ambiente onde o serviço pastoral e o crescimento espiritual andam de mãos dadas. “O CIM não apenas facilita este trabalho, mas também promove uma experiência de encontro entre diferentes congregações. Esse trabalho conjunto fortalece não só a nossa experiência concreta de serviço, mas também nosso caminho espiritual, nutrido semanalmente pela celebração da Eucaristia e pela oferta de catequese de iniciação cristã”, destaca João Lucas.

A Paróquia São João Batista, também localizada no Brás, desempenha um papel crucial na caminhada pastoral do CIM, oferecendo um espaço de integração e fé para a comunidade migrante. “O CIM, portanto, representa mais do que um espaço de assistência; é um lugar de crescimento mútuo, onde o evangelho é vivido na prática diária do acolhimento e da fraternidade”, conclui João Lucas.

O trabalho realizado no CIM é uma resposta concreta ao apelo do Papa Francisco por uma “Igreja em Saída”, uma Igreja que vai ao encontro das necessidades do povo, especialmente dos mais vulneráveis. No CIM, migrantes encontram não apenas apoio prático, mas também um lar espiritual, onde a dignidade humana é respeitada e a esperança é renovada diariamente.

Por: Arison Lopes, Comunicação ITESP.

Imagem: Arquivo pessoal João Lucas

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