Nessa quinta-feira, dia 08 de junho, a Igreja celebra o Corpus Christi, uma expressão originária do latim que em tradução para o português significa “Corpo de Cristo”, uma homenagem à eucaristia. A realização dessa celebração acontece 60 dias após a Páscoa e sempre numa quinta-feira, segundo a tradição que remete à última ceia de Cristo.
Nesse dia é comum entre às comunidades católicas a confecção dos tapetes na rua. Usam-se diversos materiais para colorir o chão de asfalto como: pó de café, serragem, palha de arroz, tampinhas de garrafas etc., diversos materiais recicláveis são usados para deixar as ruas preparadas para a caminhada da celebração.
Essa é uma tradição trazida pelos portugueses desde o período de colônia. Mas você sabia que essa celebração é resultado de uma influência dos relatos de uma irmã religiosa chamada Juliana de Mont Cornillon? Para isso será preciso retomar a história e viajar para o século XIII, particularmente em 1264, durante o pontificado de Papa Urbano IV.
Durante anos Juliana Cornillon relatava ter visões sobre a importância de ser criada uma festa que comemorasse, de maneira apropriada, o sacramento da eucaristia. Esses relatos impactaram de forma significativa Roberto de Thourotte, bispo da diocese de Liège, que por meados de 1247 autorizou as comemorações para essa data. Além do bispo de Tourotte, que infelizmente não conseguiu tempo para presenciar a festa e faleceu antes da data, outra figura importante também ficou tocado com as histórias trazida pela jovem freira.
Jacques Pantaleon, que seria entronizado papa sob o nome de Urbano IV, foi a outra figura a ser impactado pela projeção da freira Juliana e oficializou a criação dessa celebração. Outros acontecimentos corroboram para sensibilizar os demais membros da Igreja para a celebração do Corpus Christi.
Nessa data os alunos do Instituto São Paulo de Estudos Superiores – ITESP são liberados das atividades em sala de aula para participar, junto às comunidades designadas, da celebração. Desde o início da confecção dos tapetes até o ato concreto da celebração eles são convidados a estar juntos dos fiéis para auxiliá-los como agentes pastorais.
Texto: Arison Lopes, Comunicação Institucional ITESP
Imagem: Google.