Educadores Surdos participam de Seminário no ITESP

Imagem: Comunicação Institucional ITESP

Na última sexta-feira, 26 de maio, dois profissionais da educação visitaram o ITESP para um diálogo com os alunos que participam do seminário de LIBRAS, proposto pela Secretaria Acadêmica como complementação da carga horária do curso de Teologia.

Professor Rodrigo Florentino, 40, foi um dos convidados para essa conversa. Ele é formado em Educação Física e Pós-Graduado em Educação para Surdos e partilhou da experiência pessoal desde a descoberta da surdez na infância até a graduação no Ensino Superior. Nessa conversa, traduzida pela Prof. Quezia (ITESP), ele apresentou seu processo de alfabetização e as dificuldades frente a Filosofia de Ensino para Surdos da época, a Comunicação Total (esta abordagem de ensino permite o uso da Língua de Sinais, incluindo gestos, imagens e qualquer recurso que viabilize o aprendizado da língua oral, contribuindo unicamente para a prática do Bimodalismo, o que não contempla os aspectos visuais da Língua de Sinais), diferentemente da abordagem atual, o Bilinguismo, que defende a aquisição e aprendizagem da Língua de Sinais como primeira língua da pessoa surda, cujo propósito é o seu desenvolvimento pleno, respeitando a visualidade e os aspectos linguístico-culturais de seus falantes. 

Entre os causos ele trouxe para a turma a sua luta diária na mobilidade e estar dentro de contextos sociais que ainda não se encontram preparados para o público surdo. Ele relata as inúmeras barreiras de acessibilidade impostas pela comunidade ouvinte em espaços públicos e privados.  A Professora Beatriz, 25, é pedagoga e relatou também essas mesmas dificuldades e apresentou como foi o seu processo de formação educacional desde a base. Ela também apresenta como é seu trabalho diário e a luta que enfrenta diante de uma sociedade ouvinte.

A proposta da professora Quezia foi apresentar aos alunos como a educação pode ser um meio importante na formação e conscientização das pessoas ouvintes para com os surdos. Lembrar que todos os espaços precisam estar preparados para acolher e entender esse público que ainda vive à margem e dispõe de poucos lugares acessíveis e mobilidade social e humana. É necessário, primeiro, tomar ciência da emergência desse assunto e depois contribuir com medidas cabíveis e políticas públicas que deem e disponham de mais acessos à Língua de Sinais.

Texto: Arison Lopes, Comunicação Institucional ITESP.

Imagem: Comunicação Institucional ITESP.

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