ITESP acolhe Congresso da Sociedade Brasileira de Teologia Moral sobre os 60 anos do Concílio Vaticano II

Entre os dias 20 e 22 de agosto, o Instituto São Paulo de Estudos Superiores (ITESP) recebeu o 48º Congresso da Sociedade Brasileira de Teologia Moral (SBTM). O evento reuniu professores, alunos e ex-alunos do Instituto, além de estudantes de outras instituições, incluindo mestrandos da PUC-SP, fortalecendo o diálogo entre gerações e espaços acadêmicos.
O congresso deste ano foi marcado por um tema de grande relevância: “60 anos do Concílio Vaticano II: avanços e desafios”. Em 2025, a Igreja Católica celebra seis décadas do encerramento do Concílio (8 de dezembro de 1965), marco que até hoje ilumina a caminhada da Igreja, inspira reflexões e orienta a relação da fé com o mundo contemporâneo.
A programação do congresso contou com a participação de professores, pesquisadores e especialistas em teologia moral, que ofereceram diferentes olhares sobre os avanços e limites do Concílio Vaticano II. Um dos momentos mais significativos foi a conferência de Dom João Justino de Medeiros Silva, vice-presidente da Conferência Nacional dos Bispos do Brasil (CNBB) e arcebispo de Goiânia (GO), que abordou o tema “Vaticano II e a renovação da Igreja 60 anos depois”. Em sua exposição, Dom Justino destacou como o Concílio continua a ser fonte de inspiração para o caminho eclesial, ressaltando a necessidade de uma Igreja atenta aos sinais do tempo e comprometida com o diálogo e a evangelização no mundo contemporâneo.
Os debates do congresso também lembraram que, apesar das inovações e avanços, o Vaticano II não esgotou os desafios da Igreja. Muitos temas emergentes nas décadas posteriores ao Concílio não foram abordados pelos padres conciliares, o que levanta uma questão fundamental ainda hoje: será que os textos do Concílio oferecem fundamentos para interpretar a realidade atual e enfrentar seus dilemas?
Com esse olhar crítico e esperançoso, o congresso promovido pela SBTM reafirmou a importância de revisitar o Concílio Vaticano II, refletir sobre seus frutos e, ao mesmo tempo, abrir-se para os novos horizontes que a Igreja e a sociedade apresentam no século XXI.
Por: Arison Lopes, Comunicação ITESP.
Foto: Comunicação ITESP.