O Instituto São Paulo de Estudos Superiores (ITESP) está prestes a mergulhar em uma análise profunda e desafiadora da interseção entre teologia e economia, com o seminário proposto pelo Prof. Thales Martins. O tema, “Teologia e Economia: Uma Crítica Ético-Social ao Sistema Neoliberal em Diálogo com o Magistério Moral do Papa Francisco”, promete lançar luz sobre uma das questões mais prementes da nossa era.
No coração do seminário está o diálogo crítico entre a ética cristã e o sistema neoliberal, que molda a dinâmica econômica global. O Prof. Thales Martins Santos, em uma entrevista exclusiva com a equipe de comunicação do ITESP, compartilhou contextos valiosos sobre o que os alunos podem esperar deste encontro:
ITESP: Olá, Prof. Thales Martins! É um privilégio ter você ministrando o seminário sobre Teologia e Economia com um foco crítico no sistema neoliberal e o diálogo com o magistério moral do Papa Francisco. Poderia nos fornecer uma visão geral do que os alunos podem esperar ao participar deste seminário?
Prof. Thales: Estamos inseridos numa sociedade complexa, onde a organização social está submetida às leis do mercado. Desde o início de seu magistério, o Papa Francisco tem se mostrado sensível às questões sociopolíticas, econômicas e ambientais, na tentativa de propor modelos alternativos frente ao capitalismo selvagem que prioriza o lucro em detrimento da vida humana. Neste sentido, o objetivo fundamental deste seminário consiste em, primeiramente, estabelecer um itinerário crítico sobre o desenvolvimento da ideologia neoliberal e, por conseguinte, confrontá-lo com a ética cristã, considerando seus limites e alternativas. Sobretudo, a partir do magistério social do Papa Francisco.
ITESP: O tema da relação entre teologia e economia, especialmente na crítica ético-social ao sistema neoliberal, é bastante intrigante. Quais são os principais objetivos que sua abordagem busca alcançar, visando capacitar os alunos a compreender e analisar essa dinâmica complexa?
Prof. Thales: O binômio teologia e economia, embora já existente na produção científica, ainda soa como algo novo e, talvez, inédito em alguns espaços. Nosso primeiro propósito será trazer esta discussão para o campo da vida cotidiana, apresentando questões e apontamentos referentes às pesquisas já existentes e que, ainda hoje, são atuais. Ainda mais, com este seminário, esperamos viabilizar uma leitura ética da ordem social vigente. Consiste, justamente, em superar polaridades, a fim de forjar uma análise crítica capaz de responder aos dilemas contemporâneos.
ITESP: Para os alunos que estão interessados em entender como a teologia pode iluminar questões econômicas e éticas, e como o magistério moral do Papa Francisco contribui para esse diálogo, que mensagem ou orientação o senhor gostaria de compartilhar em relação a este seminário?
Prof. Thales: Sem dúvida, algo essencial consiste na abertura ao processo de aprendizagem. O ato de aprender, além de revolucionário, é uma ação que sempre nos provoca ao novo. Por isso, é algo intrigante, criativo e inspirador. Deste modo, nosso seminário quer ser um espaço de diálogo, reflexão e aprofundamento sobre questões contemporâneas que impactam marcadamente a nossa cultura. Para isto, não se exige um vasto conhecimento teórico, mas sim a disponibilidade e interesse pelos objetivos já apresentados nesta entrevista. O processo de ensino buscará ser dialogal e aberto às diferentes abordagens, tendo a ética cristã como referencial teórico-crítico ao sistema neoliberal. Estaremos sempre à disposição de eventuais dúvidas, colaborando com o desenvolvimento do seminário.
O seminário do Prof. Thales Martins promete ser uma oportunidade única para os alunos do ITESP explorarem as complexas interações entre teologia e economia. Ao confrontar o sistema neoliberal com o magistério moral do Papa Francisco, os alunos serão desafiados a analisar criticamente a ordem social vigente e a buscar alternativas éticas para os dilemas contemporâneos. Através desse diálogo provocador, eles estarão preparados para uma abordagem mais informada e consciente das questões que moldam nosso mundo.
Por: Arison Lopes, Comunicação Institucional ITESP
Imagem: Comunicação ITESP