Alunos do ITESP participam de minicurso sobre a Ditadura Civil-Militar no Museu da Resistência de São Paulo

Na semana em que o golpe militar de 1964 completa 61 anos, estudantes do Instituto São Paulo de Estudos Superiores (ITESP) participaram do minicurso “Ditadura Civil-Militar no Brasil 1964–1985: considerações gerais e materiais de apoio à prática pedagógica”, promovido pelo Museu da Resistência de São Paulo. A atividade, que reuniu educadores, pesquisadores e estudantes, teve como base os documentos da Comissão Nacional da Verdade (2012–2014) e os recursos produzidos pelo Programa de Ação Educativa do museu.
Mais do que uma aula de história, o minicurso foi um convite à reflexão crítica sobre um dos períodos mais sombrios da vida política brasileira. A presença dos alunos do ITESP, muitos deles em formação para o ministério religioso e pastoral, reforça a importância de conhecer o passado para assumir com responsabilidade a missão de promover a justiça, a dignidade e os direitos humanos.
Durante o encontro, foram abordados os principais aspectos da repressão política, a censura, as violações aos direitos civis e a resistência de diversos setores da sociedade — inclusive de comunidades eclesiais e religiosas. Esse contato direto com a memória, os documentos e os testemunhos sobre o período da ditadura oferece uma oportunidade única de formação integral, conectando fé, história e compromisso social.
A participação no minicurso também dialoga com os princípios do Instituto, ampliando o olhar dos alunos para além das fronteiras do ITESP. Em especial para os estudantes religiosos, o aprendizado adquirido neste tipo de experiência fortalece o discernimento ético e a atuação pastoral em defesa da vida e da liberdade, valores centrais da missão cristã.
Preservar a memória é um ato de resistência. E, no contexto acadêmico, é também um compromisso com a verdade e com a formação de cidadãos e cidadãs críticos, atentos aos sinais dos tempos e sensíveis às dores da história. Ao participar dessa iniciativa, o ITESP reafirma seu papel como espaço de formação humana, teológica e social, comprometido com os direitos fundamentais e com a promoção de uma sociedade mais justa e fraterna.
Por: Arison Lopes, Comunicação ITESP.
Imagem: Reprodução Museu da Resistência de São Paulo.