Celebração marca os 40 anos de sacerdócio do Pe. Júlio Lancellotti na Paróquia Nossa Senhora da Esperança

No último dia 21 de abril, a Paróquia Nossa Senhora da Esperança, na cidade de São Paulo, deu espaço a uma celebração carregada de emoção, memória e compromisso com os mais vulneráveis. A comunidade se reuniu para celebrar os 40 anos de ordenação presbiteral do Pe. Júlio Lancellotti, figura central na luta por dignidade e políticas públicas para as pessoas em situação de rua — os “irmãos de rua”, como ele carinhosamente os chama.
A data escolhida carrega um forte simbolismo. Foi exatamente no dia 21 de abril de 1985, naquela mesma Igreja, que Pe. Júlio celebrou sua primeira missa como sacerdote. A cerimônia deste ano foi, portanto, uma volta às origens, marcada por memórias da juventude vocacional e do compromisso que ele assumiu com os marginalizados, compromisso este que continua vivo e inabalável quatro décadas depois.
Em meio ao luto pela Páscoa eterna do Papa Francisco, a celebração teve também um tom de sufrágio e homenagem ao pontífice, cuja vida e ministério tanto inspiraram Pe. Júlio. Admirador declarado do Papa argentino, ele aproveitou o momento para recordar a importância de uma Igreja que se coloca ao lado dos pobres, que vai às periferias e que rompe com os muros da indiferença.
A presença dos alunos do Instituto São Paulo de Estudos Superiores (ITESP) — Kaio da Costa, João Paulo, André Brisola e Natan Santos — reforçou o caráter formativo e vocacional da celebração. Comovidos, os seminaristas participaram da missa em espírito de gratidão e inspiração. Para eles, o testemunho do Pe. Júlio é mais que um exemplo pastoral: é uma convocação concreta ao Evangelho vivido nas ruas, ao lado dos que mais sofrem.
A comemoração dos 40 anos de sacerdócio do Pe. Júlio Lancellotti não foi apenas um momento de reconhecimento, mas também um reforço de sua missão: seguir denunciando injustiças, defendendo os esquecidos e inspirando novas gerações de agentes de pastoral, religiosos e religiosas, e padres comprometidos com a vida plena para todos.
Que sua trajetória continue sendo luz para a Igreja no Brasil e, sobretudo, para aqueles que não têm casa, mas encontram no abraço de Pe. Júlio um lar de acolhimento e dignidade.
Por: Arison Lopes, Comunicação ITESP e Kaio da Costa (2º ano de teologia)
Foto: Arquivo Kaio da Costa.